Indie Youth - ep. 1
EPISÓDIO 1 - WE'RE SIX, BUT WE AREN'T MAINSTREAM!
- Não tinha título melhor não? Indie Youth? Jack, às vezes, eu tenho medo de você e suas idéias pra nome...
- Pô, Pamela, esse nome é bacana. Me lembra de uma das minhas bandas favoritas dos anos oitenta, o Sonic Youth. Falando nisso, estava ouvindo agorinha a "Teenage Riot"...
- Nhá... Tudo você tem que relacionar com Rock. Tudo bem que ser alternativo é sensacional, mas que tal um nome mais fofinho? - sugeriu Anna. - Tipo... Glamorous Indie Rock Stars!!!
- Ah, vamos fazer uma votação. Não defendemos a democracia direta só na teoria - sugeriu Tony. - Eu voto no Indie Youth. E você, Jennifer, o que escolhe?
- Pode anular meu voto... não quero desagradar nenhum dos dois lados.
- Só falta um voto... Eric, o que você decide?
- Hã... hein? Ah, jóia... Indie Youth... é... mais louco! Pirado... só...
- Beleza, então - concluiu Jack, com um evidente ar de orgulho pela "vitória" - Já que decidimos um nome para nosso grupo, vamos ao que interessa. Aonde iremos nos reunir? Pode ser no meu apê?
- Claro - disse Anna. - Ele, apesar de pequeno, é simpático. Além disso, você é o mais independente de nós seis. Mais até do que a Pamela, que se acha a Indie...
- Ei! Eu também moro sozinha!
- Ah, mas seus pais ainda pagam suas contas! O Jack se vira sozinho!
- Aí estão as vantagens de ter pais indiferentes... - disse Jack. - Se eles não tivessem me largado para meus avós e tios, eu nunca poderia ter liberdade e independência. Seria mais um garoto mimado. Calma, Tony, essa não é uma indirenta, aslsklskçalka... Enfim, foi graças ao meu avô e meus tios que eu conheci Beatles, e a partir daí várias bandas indie, e também comecei a me interessar por política já na pré-adolescência. Comecei comunista, virei social-democrata, depois libertário, e hoje sou um livre-pensador.
- Putz, cara, a história da sua vida é muito dramática...
- Que nada. Foi melhor assim. Quando eu cheguei aos 14, quase 15 anos, cobrei dos meus pais um apê, pra pelo menos confirmar que eu estava completamente livre das garras deles e podia ter meu próprio canto.
- Legal... enquanto isso, nós, com 17 anos nas costas, estamos aqui, morando nas casas de nossos pais. Podemos ir em baladas e festas, temos nosso próprio quarto... mas isso não seriam apenas mecanismos de controle deles? Ui! - disse Anna.
- Ei... caras... a vida é algo realmente incompreensível. - disse Eric - E é por isso que eu uso maconha, saca? ... É muita informação pro meu cérebro. Não adiantou nada perder minha adolescência lendo Nietzsche e Dostoiévski, se agora tudo isso não passa de merda! A cada dia eu perco mais a vontade de viver. Sem vocês, eu não sei o que seria de mim, caras...
- Calma, Eric - disse Jennifer, com lágrimas nos olhos - Eu sei que estamos passando por uma fase difícil, mas não é hora de desistir. Deixe de usar drogas. Você pode ser feliz sem cerveja e erva. Eu sou sóbria, mas amo a vida - Jennifer disse isso com a cara mais dissimulada possível - Tente fazer o mesmo.
- Ok, pessoal, em meio a todo esse drama, é hora de ir embora. Já é meia-noite de terça pra quarta, e nós termos que dormir logo - temos aula amanhã - disse Tony.
- É mesmo. Bem, nos vemos amanhã. - disse Jack.
E todos se despediram. A juventude alternativa estava apenas começando a desenhar seu futuro...
Indie Youth - ep. 2
EPISÓDIO 2 - A DAY AT SCHOOL - PART I
Jack passou a madrugada no PC, conversando no orkut com Anna, mas dormiu por quatro horas, o suficiente para deixá-lo "recarregado". Ele chegou cedo na escola, e enquanto a aula não começava, ficou ouvindo Joy Division para se acalmar.
Anna chegou logo depois. Estava mascando um chiclete, e cantarolando uma música do Depeche Mode.
- Oi, Jack! Nhá, você chegou cedo hoje, hein?
- Se eu ficasse mais um minuto em casa, ia desabar de sono. Fiquei teclando com você, e esqueci da hora...
- Alçsçlkdçslçsdkla... o capitalismo está te dominando! Nhá... Mas, falando sério, é bom demais ficar a madrugada inteira na internet.
- Concordo. O bom é que nós ficamos trocando idéias, indicando bandas e filmes... adoro isso.
- Eu também. Falando nisso, você ouviu o Surfer Rosa ou o Doolittle do Pixies? Qualquer alternativo PRECISA ouvir esses discos.
- Ainda não... mas você não pode falar nada, te passei uma lista enoooorme de filmes para você assistir e virar um cinéfilo que nem euzinha! Ui!
- Bem, estamos quites então...
Nessa mesma hora, chegou Tony.
- E aí, filhinho de papai? Todo dia vem pra escola de carro... tá podendo, hein?
- E daí, Jack? É bom demais... já que eu não posso negar minha dependência. Se meus pais me mimaram nos últimos dezessete anos, por que eu recusaria agora? Até porque daqui a alguns meses vou ganhar meu próprio carro...
- Ter pais legais tem lá suas vantagens - disse Anna. - Pelo menos eles liberam você pra ir nas festinhas.
- Pois é. O que seria de mim e minha vida sexual sem esse "modelo liberal de educação"?
- Exato. Sorte que nós somos a geração do amor livre e do sexo casual. Podemos ficar e transar sem o menor remorso com quem quisermos.
- Mas e quanto a mim? - disse Jack. - Tímido como sou, nunca percebo quando uma garota gosta de mim nem tomo a iniciativa. Esse é meu ponto fraco! E quando eu descobri que a loiraça da minha prima me achava uma gracinha, quando ela dividiu o apê comigo, ano passado? Eu quase me matei de raiva!
- Calma, cara - respondeu Tony - Não fique nesse conflito. As pessoas gostam de você. Poucas vezes vi alguém com tanta facilidade para fazer amigos. Mesmo sendo arrogante várias vezes, as pessoas te admiram. Até os professores são seus puxa-sacos! Tirando o maconheiro do Eric, não conheço outro cara que começou a ler Dostoiévski e Nietzsche quando tinha 14 anos. Hoje, três anos depois, você é imbatível no assunto filosofia. Não se preocupe com isso, um dia você vai encontrar "somebody to love"...
- Citando Queen? Quais suas intenções com isso? - Tony faz um sorriso amarelo - Enfim, vocês devem estar certos. Quem sabe na faculdade eu encontro alguma garota que realize esse meu sonho.
- Açaslasklça... eu fico até rindo disso. A única coisa que te derruba é o amor. Você é imbatível em qualquer discussão, mas quando alguém toca nesse assunto, você logo fraqueja... aquela desilusão ainda não saiu da sua cabeça?
- Anna, você diz isso porque não teve o que eu tive logo na pré-adolescência. Amor louco e total a uma garota, que não corresponde a esse sentimento... nem a mais triste canção de Rock um dia ira expressar isso. (enquanto eles falavam, o discman de Jack começou a tocar Muse). Bem, quase nenhuma.
- Hum, entendo... depois a gente conversa mais, o sinal tocou. Vamos pra aula.
- É mesmo. - disse Tony - So, let's go!
Indie Youth - ep. 3
EPISÓDIO 3 - A DAY AT SCHOOL - FINAL PART
- Putz, devia ter ficado em casa... mais um dia de aula! - disse Eric. - Ontem eu bebi mais do que deveria... não tô me sentindo bem...
- Eu não vou dizer nada. O problema é seu.
- Que foi, Pamela? - disse Jennifer - Ontem você estava tão sensível, e hoje tá tão brava com o Eric. Que foi?
- Ah, sei lá. Tô meio nervosa. Acho que me fodi na prova de Física.
- Calma, todo mundo foi mal nela. O professor a fez com a intenção de nos deixar menos metidos a espertinhos, e percebermos que vestibular não é tão fácil assim.
- Ei... falando em Física... o professor chegou. - disse Eric.
- Não, seu idiota, quem chegou foi o Edward, o professor de Literatura! Seu maconheiro tonto!
- Ih, tá de TPM? Ou começou a ouvir pseudo-gótico? - disse Anna, quando chegou na sala com os outros dois.
- Bom dia, pessoal - começou Edward. - Em vez de ficarem comentando a última trance ou festinha (a maioria dos alunos faz "eeee")... ou, no caso da galerinha alternativa, o último CD do Interpol (risadas dos indies. Os outros não entendem a piada ou riem meio sem graça), vamos ao que interessa. Já que a prova foi semana passada, dá pra fazer uma aula menos puxada hoje, pois vocês estão até adiantados na matéria. Aproveitem, terceirão nem sempre tem isso! (Gritaria) Comemorem enquanto podem... aliás, gostaria de trabalhar na aula de hoje um dos escritores mais fodas de todos os tempos - Eric Blair.
- Quem? - disse um grupo expressivo de alunos.
- É o nome verdadeiro do George Orwell, seus acéfalos! O cara que escreveu 1984 e Revolução dos Bichos! - disse Jack, com visível irritação.
- Muito bem, Jack. Já que você já demonstrou, ou pelo menos o tenta, que sabe pra caramba de Orwell, o que você achou do 1984?
- Falar o quê do livro que mudou minha vida? Se hoje eu entendo de política, a culpa é desse livro. Ele me tirou do sectarismo da esquerda (um ou outro comunista vaia), mas também me impediu de migrar para qualquer outro totalitarismo. As teorias destiladas pelo autor são geniais. O modo como o livro te surpreende quando você menos espera, principalmente na reta final, as personagens bem construídas, a crítica fortíssima aos três principais sistemas políticos da primeira metade do século XX - nazismo, capitalismo e comunismo - , o final de deixar qualquer um perplexo, a realidade nua e crua do poder... depois desse livro, o mundo não foi mais o mesmo. A distopia de Orwell é genial e alertadora, mesmo 56 anos depois.
- Hum, análise interessante, Jack. Oh, temos alguém com a mão levantada. Anna?
- Tipo, eu concordo com que o Jack disse. Acho que, mesmo que o socialismo stalinista já tenha acabado, o 1984 ainda vale para explicar o poder da mídia e o funcionamento do capitalismo, e sua manipulação sobre nossa sociedade e nosso pensamento. Se bem que eu concordo mais com a visão do Huxley no Admirável Mundo Novo, sobre a falsa sensação de liberdade e a lavagem cerebral feita pelo Estado - claro, como metáfora para o mundo moderno. E você, Jack?
- Hum ... sim.
E a aula foi seguindo. No último horário, houve a entrega das provas de Física, e o temor de Jennifer se confirmou. As médias foram baixíssimas. Com exceção de Jack, que tirou 90, Jennifer (84), e das toupeiras que vão prestar medicina, ninguém tirou acima de 70.
- Mas quem se importa? Já passei de ano mesmo... - ironizou Jennifer.
- Só... se bem que eu nunca fui bom em Exatas. Passei já no terceiro bimestre por causa dos simulados. Fiquei tão maconhado que 43 nessa prova já é muito.
- É. Se a gente estivesse no primeiro ou no segundo ano - disse Tony - haveriam motivos para essa sua afirmação ser equivocada, já que você estaria perdendo matéria nova. Mas, pô, estamos no terceirão, nosso objetivo é prestar o vestibular. Se você já entendeu esse conteúdo, fodam-se as provas!
- Enfim - disse Anna - hoje é quarta. Temos a tarde inteira pela frente. A não ser que vocês queiram ficar aqui estudando (Jennifer sentiu-se envergonhada e sorriu com ironia, já que ficava o dia inteiro estudando), vamos sair. Eu sugiro liberar meus impulsos consumistas no shopping. E vocês?
- Bem, eu... prefiro ficar em casa. Vou... gravar uns CDs - disse Jack.
- Tudo bem... e vocês? (Pamela, Tony e Eric toparam ir). Beleza então. Vou lá em casa me arrumar. Encontro vocês lá às 15h, ok?
Eles se separaram. Jack ficou ainda um tempo no colégio, e começou a escrever no seu diário, para depois passar para o seu blog:
"Droga. Estou completamente apaixonado por ela. Fico sem palavras quando "essa pessoa" fala. E ela jamais saberá disso, porque eu não irei revelar isso a ninguém. Talvez seja amor platônico, e eu apenas a amo unilateralmente. Ou será que eu quero ser retribuído?"
Indie Youth - ep. 4
EPISÓDIO 4 - JACK'S SECRET LOVE
21h. A luzinha do MSN de Jennifer começa a piscar. Jack quer falar com ela.
- Oi, Jen. Tudo bem?
- Tudo, Jack. Poxa, é tão raro você teclar comigo... qual seria o motivo?
- Dá uma olhada no meu blog. Eu postei um texto lá, queria que você desse uma olhada.
- Beleza. (três minutos se passam) Ei, espera. É impressão minha ou você está apaixonado por alguém?
- Acertou.. cara, estou aprendendo a arte de deixar as pessoas tirarem suas próprias conclusões em vez de eu simplesmente desabafar... Jen, se você ler o texto direito vai adivinhar quem eu estou amando...
- Hum, deixa eu ver... hum, pelo jeito que você descreve a pessoa, e pelo trecho de um diálogo que vocês tiveram ontem, só pode ser uma pessoa.
- E então? Você sabe quem é?
- Vou blefar... é... a... Anna!
- ... Acertou.
- Caramba! Eu sou boa nisso! Mas... Você tá apaixonado pela Anna, cara?
- Pois é. Não consigo parar de pensar nela.
- Quem diria, hein? Como um cara tão inteligente e independente como você pode ser derrubado pelo amor?
- Ninguém é perfeito. É por isso que sou ateu. Nunca acreditei em sobrenatural ou qualquer coisa mística e metafísica demais.
- Mas ela ainda não sabe, certo?
- Ainda não... e tomara que não saiba. Ela nunca namoraria comigo. Eu, mesmo estando louco de amor por ela, encantado com a cultura e o carisma dela, não conseguiria expressar meus sentimentos. Primeiro, porque ela é mais velha do que eu, e depois porque ela curte caras mais velhos. Você pode perceber isso até mesmo pela maioria dos amigos dela.
- É... mas você não deve se intimidar... você, fuçando o orkut dela, não viu aquela comunidade "Adoro homens com iniciativa"?
- Exatamente. Terei que ser tão forte como sou nos debater políticos quando for falar com ela. Mas vou esperar um tempo.
- Não se preocupe, eu vou dar umas indiretas pra descobrir se ela gosta de você, cara...
- Valeu. Muito obrigado, Jennifer. O que seria de mim sem uma pessoa boa como você?
- Aliás, também tenho um segredinho pra te contar... já percebeu que eu quase não saio com vocês nas noites de sexta e sábado?
- É mesmo... o que você faz? Fica estudando pra tirar nota boa e fazer ironias?
- Ei, aquela ironia de hoje foi uma brincadeirinha... mas vamos lá... Bem... eu sou... gótica.
- O quê? Gótica, você? Me conta isso melhor! Putz!
Nesse mesmo momento, Pamela, Eric, Anna e Tony estavam de partida do shopping. Eles resolveram assistir a um filme, e por isso demoraram mais. Enquanto isso, uma noite fria marcava aquela quarta-feira.
Indie Youth - ep. 5
EPISÓDIO 5 - THIS STORY HAS MANY DIALOGUES!
Após saírem do shopping, cada um dos quatro foi para seu rumo. Mas Anna decidiu dormir na casa da Pamela, pra que as duas pudessem conversar por horas a fio.
- Como foi seu dia de aula? - perguntou Pamela.
- Ah, teve um monte de aula chata. A única legal foi a do Edward. O 1984 é foda demais. Ainda agradeço o Jack por ter me emprestado ele. Ele é muito legal, e assim como eu adora cinema, música e política.
- É... e pensar que ele chegou a ser comunista. Adorava detonar ele naquela época.
- Pois é... ainda falando dele, percebi que ele me olha de um jeito diferente... será que...
- ... ele gosta de você? Eu não sei. É provável, já que você sabe, discrição e dissimulação são palavras que não entram no dicionário dele. Mas ele é tão inocente, corre o risco de sofrer uma desilusão amorosa.
- Pois é. Tenho certeza que, se nossa conspiração for verídica e ele realmente estiver "in love with me" (Pamela ri do pedantismo da amiga), ele vai fazer o possível para esconder isso de mim, mas vai acabar revelando. E eu ainda não sei o que faria... dar o fora ou tentar compreendê-lo? Afinal, ele realmente deve ter gostado de mim, para pular tão rápido da amizade para a paixão...
- É mesmo... Ainda falando sobre homens, e o Tony?
- Pô, ele é legal pra caramba, um grande amigo que eu tenho. Tem um ótimo senso de humor e ridiculariza sua própria condição de mimado pelos pais. Aklçsçkkçla...
- Pelo menos é sincero... e tem um gosto musical bom. Falando nisso, quais bandas você está ouvindo muito no momento?
- Só indie rock atual... Magic Numbers, Killers, Keane, Mew... nhá. Aliás, no som tá tocando "Everybody's Changing"... linda demais ela.
- Concordo. Você vai na boate amanhã?
- Claro. O Tony me convidou. Parece que vai ter uma galera legal lá... lotado de gays e lésbicas, provavelmente vai estar. Mas os gays são tão bonitinhos... e as lésbicas tem um papo bem cabeça.
E as duas foram conversando, pelo resto da noite. Na manhã de quinta, já no colégio, Eric, mesmo meio zonzo, percebeu que Jack estava bem inquieto e perturbado. Na verdade, este estava tendo mais um dos seus devaneios psicológicos:
- Putz, a Jen é gótica... santinha de dia, dark de noite... agora eu sei porque ela gostou quando eu toquei Interpol e Bauhaus no meu aniversário. Mas ela conseguiu disfarçar muito bem... se ela não tivesse me contado, eu não perceberia. Também, tontou como eu sou... Ah, e a Anna... não consigo parar de pensar nela. Cinco anos depois, eu voltei a me apaixonar por uma garota. Acho que ela já percebeu pelos meus olhares e pelo fato de eu suportar ficar acordado por madrugadas só pra teclar com ela... só que eu não posso ser um babaca ultra-romântico. Garotas odeiam caras assim. Elas preferem os que as façam rir, com quem possam ter um papo cabeça. Eu já consigo conversar desse jeito com ela, mas no nível Amigo, não como um, digamos, namorado. Ela riria de mim se soubesse que eu a amo... eu tenho que ser mais esperto. Nem que seja pra dar umas indiretas. Mas me declarar e me fazer de fácil só tornará mais difícil ela gostar de mim... cara, eu torço para que ela não tenha lido meu blog... EU ME ODEIO! (percebe que Eric está assustado ao vê-lo pensando calado por tanto tempo). Er... oi, cara!
- Bicho, tu tá mais estranho a cada dia... eu disse que você precisava de tomar umas comigo...
Céu claro. Manhã de quinta. O mundo continua a mesma porcaria, mas a Indie Youth continua de pé, com seus simbolismos, referências à vida do autor e excesso de diálogos.